scenic view of landscape against sky

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A ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, admitiu, hoje, sexta-feira, que o país precisa alargar o leque de instituições e investigadores para se dedicarem em assuntos sobre o mar.


Luanda, Angola (SN) | Com o alargamento, de acordo com a governante, seria também melhorado a compreensão e gestão do oceano e dos serviços ecossistêmicos.

Ao falar à margem de uma visita de descoberta do veleiro da Fundação Tara (uma instituição francesa), que escalou Luanda para “Expedição científica “Tara Océan”, de 22 a 26 deste mês, reconheceu que o país tem poucos investigadores nesta matéria.Mas, garantiu que o Governo desenvolve iniciativas para a devida formação e aumento do número de pesquisadores.

“Temos carência de investigadores, o importante é que os que existem tenham condições de realizar mais trabalhos de investigação, tenham maior produtividade científica, aproveitando as oportunidades para a devida formação”, frisou.

Actualmente, o país tem algumas instituições de investigação científica, com destaque para o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e instituições de ensino superior que estão mais vocacionadas para as ciências do mar como acontece com a Universidade Mandume ya Ndemufay.

No mesmo evento, o embaixador de França em Angola, Daniel Vosgien, fez saber que a escala representa uma oportunidade para dinamizar a cooperação entre os dois países, em torno do tema oceânico.Segundo o diplomata foi organizado uma série de eventos para o público, comunidade científica e a comunidade escolar, com o objectivo de se compreender o papel chave do oceano e os desafios.

Fez saber que encontros entre os pesquisadores franceses e angolanos vão promover o diálogo entre os diferentes actores que lidam com a matéria.Já o capitão do Veleiro Tara, Samuel Audrain, diz que a equipa de 14 investigadores está numa missão, de 2 anos, com uma equipa de cientistas, marinheiros e jornalista, num total de 13 elementos.

Fez saber que o objectivo dos pesquisadores é fazer uma ciência de alto nível e partilhar os conhecimentos, tendo os mesmos passado em França, Patagónia, Chile, Brasil, Argentina e África do Sul.

O especialista avançou que a informação recolhida, durante as pesquisas, está a ser analisada pelos cientistas da equipa, que comparam os elementos recolhidos com outras amostras laboratóriais externas. “O interesse é a subida de água fresca, todas as amostras são enviadas em diferentes laboratórios e serão estudadas.

Também Procura-se criar laços com cientistas locais que trabalham na missão, por onde vamos passar, porque o objectivo final é a protecção do meio ambiente. A ideia é procurar os resultados científicos com todo mundo”, reforçou.

O navio da fundação francesa está faz parte de uma missão de investigação científica internacional no Atlântico, intitulada “MICROBIOMES”, sobre a flora e fauna microbiana marinha e a poluição plástica dos oceanos.

O objectivo é desenvolver e aplicar um novo quadro unificador que forneça recursos cognitivos para uma melhor compreensão e gestão deste oceano e dos seus serviços ecossistêmicos.

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