Nigéria | Estado Islâmico Reivindica Ataque Em Bar Cristão
Nigéria | Estado Islâmico Reivindica Ataque Em Bar Cristão
Terroristas afiliados ao grupo extremista Estado Islâmico reivindicaram quinta-feira a autoria de uma explosão, terça-feira, num bar cristão de Iware, no estado leste de Taraba, na Nigéria, que causou seis mortes.
Taraba, Nigeria | De acordo com o porta-voz da polícia estatal de Taraba, Usman Abdullahi, três dos feridos acabaram por morrer, elevando o número de mortos para seis.
Numa declaração emitida na quarta-feira à noite, o Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap) disse que tinha detonado um dispositivo explosivo num bar, “matando e ferindo 30 cristãos”.
O ataque, segundo a declaração do Iswap, foi uma retaliação pela morte de dois líderes do grupo, de acordo com uma tradução da organização não-governamental SITE Intelligence, sediada nos Estados Unidos da América, que rastreia os ataques de fundamentalistas islâmicos em todo o mundo.
O exército nigeriano anunciou recentemente que tinha matado vários comandantes do grupo ‘jihadista’ em ataques aéreos na região do lago Chade.
O Iswap é um ramo separatista do Boko Haram, que se separou em 2016. Afiliado ao grupo Estado Islâmico, o Iswap tornou-se o grupo extremista dominante no nordeste da Nigéria desde a morte do líder rival do Boko Haram Abubakar Shekau, em Maio de 2021, num confronto com combatentes do Iswap.
O estado de Taraba, localizado no centro leste da Nigéria, centenas de quilómetros mais a sul da área de operações do Iswap, não tinha registado quaisquer ataques ‘jihadistas’ desde 2014.
Mas o estado é, como a maioria dos estados centrais e noroeste, o cenário de bandos criminosos fortemente armados que atacam aldeias, pilham, raptam e matam residentes.
Motivados principalmente pelo dinheiro, estes “bandidos” actuam sem afiliação ideológica, embora haja suspeitas de alianças com ‘jihadistas’.
As forças armadas do país mais populoso de África têm vindo a combater a insurreição fundamentalista islâmica no nordeste do país desde 2009, um conflito que já deixou mais de 40.000 mortos e dois milhões de deslocados.
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