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Elza Soares | A artista era conhecida por experimentar além do samba e incorporar comentários sociais em suas músicas.

Elza Soares, a prolífica cantora brasileira que gravou 35 álbuns e abriu as Olimpíadas de 2016 no Rio, morreu na quinta-feira, de acordo com um post do Instagram compartilhado em sua página oficial. Ela tinha 91 anos.

De acordo com o post, que foi assinado por seu empresário, familiares e membros de sua equipe, Soares morreu em casa no Rio de Janeiro de causas naturais.

“Ícone da música brasileira e considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora que foi eleita a Voz do Milênio teve uma vida intensa e emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação”, diz o post.

“A amada e eterna Elza foi sepultada, mas ela estará para sempre na história da música, em nossos corações e nos corações de milhares de fãs ao redor do mundo. Os desejos de Elza Soares se tornaram realidade: ela cantou até o fim.”

Soares cresceu nas favelas do Rio e muitas vezes foi enigmática sobre sua criação – até sua idade foi um mistério por vários anos. Ela entrou em um show de talentos de rádio em 1953 procurando ganhar dinheiro para seus filhos, de acordo com alguns relatos.

Ela conseguiu um contrato de gravação em 1960 e lançou uma carreira interpretando sua mistura única de jazz e samba, com “Se Acaso Você Chegasse” e “Cadeira Vazia” entre alguns de seus maiores sucessos.

Ao longo das décadas, ela reinventou seu som várias vezes, testando diferentes gêneros e nunca se esquivando de cenas e estilos de vanguarda no Brasil.

Após um hiato na década de 2010, Soares voltou à cena musical com seu álbum “A Mulher do Fim do Mundo” , de 2015, que ganhou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Popular Brasileira.

Foi aclamada por suas influências experimentais, que vão do afro-funk ao noise rock, e seu comentário social sobre a brutalidade policial, a violência contra pessoas LGBTQAI e a vida dos oprimidos no Brasil.

Ela continuou produzindo música no final de sua vida e também recebeu indicações ao Grammy Latino por seus álbuns Deus é Mulher de 2018 e Planeta Fome de 2019.

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Elza Soares | Pic @ IG

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